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Ela sobreviveu ao estupro e transformou a dor em indicação ao Nobel da Paz

Amanda Nguyen - Reprodução/Instagram/amandangocnguyen
Amanda Nguyen Imagem: Reprodução/Instagram/amandangocnguyen

Da Universa

23/07/2018 17h23

Aos 26 anos, Amanda Nguyen sobreviveu ao trauma de um estupro, fundou uma organização para defender vítimas de abuso sexual, criou um projeto de lei e foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz de 2019. 

Toda essa conquista foi elogiada por Hillary Clinton: "Quero aplaudir sua incansável defesa às mulheres", escreveu, em carta. 

Em 2014, a ativista criou a Rise, uma organização sem fins lucrativos que trabalha para defender vítimas de estupro e outros tipos de abuso sexual. 

Mais tarde, escreveu a "Declaração de Direitos dos Sobreviventes de Abuso Sexual", uma nova lei que estabelece critérios para garantir que essas vítimas sejam protegidas durante todo o processo de denúncia.

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Agora, cinco anos depois de ter sido estuprada na Universidade Harvard, ela foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz de 2019. 

A iniciativa surgiu depois do ataque, quando foi submetida a uma série de exames e trâmites burocráticos e percebeu que alguma coisa precisava mudar. 

E mudou: em 2016, o então presidente dos Estados Unidos Barack Obama sancionou a Declaração e, agora, vítimas de estupro devem ser informadas sobre os direitos da nova lei e ter acesso a um conselheiro que a acompanhará durante o processo de denúncia, entre outros benefícios. 

"Escrevemos essa carta de direitos não apenas para ajudar os sobreviventes, mas também para ajudar policiais, promotores e sistema judiciário a fazerem melhor seus trabalhos e, como resultado, buscar a justiça", disse Nguyen, em entrevista ao "HuffPost".

Amanda e os colegas da Rise (incluindo o ator Terry Crews, que também veio à tona denunciar assédio) lutam para que a lei seja implementada nos 50 estados norte-americanos.