Menos adolescentes fazem sexo e usam drogas, porém mais estão deprimidos
O sexo precoce e desprotegido e o uso de drogas, duas preocupações frequentes de pais e mães, estão em queda entre adolescentes.
No entanto, a depressão cresce entre os jovens. A conclusão é do estudo anual "Youth Risk Behavior", sobre comportamentos de risco na juventude, conduzido pelo CDC (Centers for Disease Control, órgão americano que investiga doenças e outros riscos que afetam a saúde da população), publicado na quinta-feira (14).
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Violência sexual e uso de camisinha
De quase 15 mil alunos, com idades entre 14 e 18 anos, de escolas públicas e particulares pelo país ouvidos pela pesquisa, um terço afirmou experimentar sentimentos persistentes de tristeza e desesperança. Bullying foi apontado pelos jovens como recorrente e 1 a cada 10 meninas disse ter sido forçada a fazer sexo.
Já entre os garotos, 1 a cada 28 relatou também ter sido forçado a fazer sexo.
Em 2017, 39,5% dos adolescentes ouvidos disseram que já transaram. Em 2007, este número era de 47,8% e em 1988 era de 57%.
No entanto, pouco mais de metade usou uma camisinha na última transa -- queda significativa se comparado aos 61% que disseram usar o preservativo na pesquisa de dez anos atrás.
Eles estão usando menos drogas
Em 2007, 22,6% dos alunos ouvidos apontaram ter usado uma ou mais drogas ilícitas. Em 2017, 14% deram a mesma resposta.
Menos adolescentes estão partindo para as drogas injetáveis também: apenas cerca de 1,5% dos matriculados no ensino médio já fizeram uso de substância ilegal com o auxílio de uma agulha.
Bullying, depressão e suicídio
A violência psicológica -- ou seja, o bullying -- se manteve consistente na última década: 19% dos alunos admitiram enfrentá-lo, comparados aos 19,9% de 2007. Porém, o número de jovens que afirmaram ter sentimentos persistentes de tristeza e falta de esperança aumentou dos 28,5% de 2007 para 31,5% em 2017.
Mais adolescentes confirmaram ter considerado seriamente o suicídio: 17% em 2017 ante 14,5% em 2007.
Enquanto o número de meninos que planejaram a própria morte se manteve estável na última década, o de meninas cresceu: de 13,4% há dez anos para 17,1% atualmente. Elas também colocam o plano em prática com mais frequência: 9% das meninas admitiram já ter tentado o suicídio, bem como 5% dos meninos.
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