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Papa Francisco: 'aborto é nazismo de luvas'

Papa Francisco acena durante audiência na praça de São Pedro - Riccardo De Luca/AP
Papa Francisco acena durante audiência na praça de São Pedro Imagem: Riccardo De Luca/AP

Da Universa

16/06/2018 13h35

Apesar da postura moderada e até aberto em relação aos dogmas da Igreja Católica, neste sábado (16) o Papa Francisco fez uma dura crítica ao aborto, chamando a interrupção da gravidez em caso de má-formação do feto de "nazismo de luvas brancas".

"No século passado, todo mundo se escandalizava com o que os nazistas faziam pela pureza da raça. Hoje fazemos o mesmo com as luvas brancas", disse o argentino Jorge Mario Bergoglio, em referência às mãos dos médicos e profissionais que realizam o aborto. "Está na moda, é normal que, em uma gravidez na qual a criança não está bem ou possui alguma malformação, a primeira oferta ser: vamos tirá-la?'. O homicídio das crianças. Para deixar a vida tranquila, mata-se um inocente", afirmou o Papa, em uma audiência ao Fórum das Famílias no Vaticano.

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O aborto por má-formação é aceito por países como o Brasil desde 2012, quando foi permitido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Por aqui, o aborto é permitido em caso de estupro e também se houver risco de vida para a mãe. 

Além de aborto, Francisco falou sobre novos modelos de família e educação dos filhos. 

"Dói dizer isso hoje: fala-se sobre famílias diversificadas, de diversos tipos de família. Sim, é verdade que a palavra família é análoga, e existem a família das estrelas, das árvores, dos animais... Mas a família imaginada por Deus, homem e mulher, é uma só", pontuou.

Segundo ele, a sociedade atual também não pensa mais "na possibilidade de perder tempo" para ficar com os filhos, pois a família não é levada "em consideração". "Para ganhar dinheiro hoje, é preciso ter dois trabalhos", criticou. "Já os jovens têm o problema de que não podem se casar porque não têm emprego", disse. "Brinquem com seus filhos, passem um tempo com eles, sem dizer 'não me atrapalhe'", pediu Francisco.

*Com agências de notícias