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Mãe pinta o cabelo da filha de 4 anos de rosa para combater bullying

Janelle Cuilla e a filha - Dapper And Posy A Photography Ta/Love What Matters
Janelle Cuilla e a filha Imagem: Dapper And Posy A Photography Ta/Love What Matters

Da Universa

12/06/2018 17h25

Uma mãe faz de tudo para proteger a filha, isso é um fato. E Janelle Cuilla, de 31 anos, resolveu tomar uma atitude depois de saber que a filha estava sofrendo bullying dos colegas de classe por “ter o cabelo de menino”.

A norte-americana, da Califórnia, pintou o cabelo da garotinha de rosa e escreveu um longo depoimento no site Love What Matters, em que conta como tomou a decisão e as cenas vividas pela filha, que começou a se considerar “feia” e chorava constantemente quando outras crianças apontavam para ela com tom de deboche.

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“As pessoas terão opiniões negativas, mas não me importo, porque elas não conhecem a dor que minha garotinha de 4 anos sente toda vez que outra criança diz que ela parece um menino, só porque ela ainda não tem cabelo. Segurei minha doce menina em lágrimas inúmeras vezes dizendo que ela é tão bonita quanto a Rapunzel (sua princesa favorita), lembrando a ela que a beleza vem de dentro. Sei o quanto ela luta, porque eu também não tive cabelo por muito tempo, enquanto todas as minhas amigas rodopiavam com suas tranças e longas madeixas encaracoladas”, escreveu ela.

Janelle relembrou o episódio marcante em que as meninas da pré-escola a impediram de brincar de princesa por ela “parecer um menino”.

“Eu me lembro da primeira vez que isso aconteceu. Foi logo após seu primeiro dia de pré-escola. Atrasadas, seguimos para o recreio. Achei estranho que minha filha, que estava pulando sob a luz do sol, estivesse voltando para mim como se fosse seguida por uma nuvem de chuva. Ela rapidamente se aproximou e pediu que voltássemos para casa imediatamente! Aquilo não era comum; geralmente tenho que tirá-la do parquinho. Segurando a mão dela com força, voltamos para o carro em silêncio. Quando a afivelei no assento, perguntei se ela queria contar o que havia acontecido. Os soluços vieram instantaneamente quando ela me disse que suas amigas disseram que ela não podia brincar de princesa com elas porque ela parecia um menino.”

Garotinha com cabelo rosa - Dapper And Posy A Photography Ta/Love What Matters - Dapper And Posy A Photography Ta/Love What Matters
Imagem: Dapper And Posy A Photography Ta/Love What Matters

A mãe ainda contou sobre ter ido a vários médicos, procurando uma solução para seu cabelo "ralo" e como resolveu lidar com a situação.

“Às vezes me pergunto se existe uma condição médica, mas é simplesmente genética. Já a levei ao dermatologista e sempre me dizem para relaxar, que é normal. Eu sei que isso é bastante comum em muitas crianças, então estou tentando ser paciente. Mas nunca é fácil quando seu filho está sofrendo. No carro de volta para casa, coloquei sua música favorita enquanto tentava engolir o nó na garganta. Conheço essa luta. Eu passei por isso. Como lidei? Quando ficou melhor? Foi realmente tão ruim assim? Eu me faço essas perguntas enquanto simultaneamente imito a visão dela franzindo a testa para si mesma no espelho naquela manhã. A pior parte é que ela nem sabia que eu estava vendo. Todos os meus instintos maternais estavam formigando e comecei a me examinar. Onde foi que eu errei? Eu não mostro auto aceitação? Deixei as opiniões de outras pessoas sobre mim moldarem o modo como minha filha se vê? Essas são algumas perguntas realmente difíceis de responder e eu estava começando a me sentir derrotada.”

E, por fim, sobre o momento em que pintaram o cabelo da filha de rosa, sua cor favorita e como isso foi transformador para a menina de 4 anos. 

Finalmente irei a página no outro dia. Minha pequena estava olhando para uma foto tirada dela e de suas três amigas; ela tinha uma feição tão curiosa. Perguntei o que estava errado e ela me disse: ‘Mamãe, estou feia’. Meu coração afundou e eu desmoronei. Ela tem apenas 4 anos de idade. Não posso fazer o cabelo dela crescer, mas eu era cabeleireira, então deve haver algo que eu possa fazer. Posso fazê-la se sentir única, especial, vibrante e se destacar! Fomos até uma loja e eu deixei ela escolher sua cor favorita: rosa. Pintamos seu cabelo! Claro, isso é absolutamente temporário.

Quando começamos, seu rosto começou a se iluminar. Ela riu ansiosamente enquanto esperávamos pela grande revelação. Assim que terminei de secar, ela correu para o outro quarto. Fui atrás. Sabia exatamente o que ela estava fazendo. Com certeza, ela estava verificando seu novo penteado no espelho de princesa de corpo inteiro. Congelei na porta estudando sua reação. Suspirei de alívio. Nossos olhos se encontraram, e ela me olhou como se dissesse: ‘Obrigada, mamãe.’ Beijei sua cabeça e gentilmente coloquei seu novo cabelo rosa atrás das orelhas e sussurrei: ‘Agora você vê o que eu sempre vi... você é tão linda’. Nunca a vi sorrir tão grande.”