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Ministério da Saúde fará monitoramento online de cesáreas no Brasil

Monitoramento de cesáreas pelo SUS - Getty Images
Monitoramento de cesáreas pelo SUS Imagem: Getty Images

da Universa, em São Paulo

09/03/2018 10h24

A maioria dos partos realizados nos serviços de saúde públicos do Brasil em 2017 aconteceu por via vaginal: foram 58,1% contra 41,9% de cesarianas. No entanto, o Ministério da Saúde quer estudar como pode aumentar esta diferença evitando mais cirurgias desnecessárias.

Para isso, a Secretaria de Vigilância em Saúde, lança a partir do dia 19 de março um sistema online de monitoramento de partos cesáreas pelo SUS. Os dados poderão ser consultados tanto pelas mães como gestores de serviços hospitalares.

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A ação é parte do projeto "Parto Cuidadoso", que será implantado em 634 maternidades do país com o objetivo de reduzir a mortalidade materna. O Ministério orienta que equipe médica e parturiente adotem um plano de parto — que levará em conta as condições de mãe e bebê para a escolha do melhor procedimento para o nascimento.

A inspiração para a proposta é o projeto "Parto Adequado", da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que conseguiu em três anos evitar 10 mil cesarianas desnecessárias em centros de saúde como o Hospital Israelita Albert  Einstein, em São Paulo; o Hospital Sophia Feldman, em Belo Horizonte; e o Agamenon Magalhães, em Recife.

O governo deve ainda investir na capacitação de enfermeiras obstétricas e obstetrizes para a realização dos partos normais, além de promover ações educativas na Atenção Básica, onde é realizado o pré-natal. O Ministério da Saúde informa que capacitou 2.774 enfermeiras entre 2015 e 2017 para trabalhar em maternidades, hospitais, centros de parto normal em obstetras.

Essas profissionais estão aptas a fazer o parto normal de risco habitual. Além disso, outros 611 serviços passaram a contar com enfermeiras obstetras e obstetrizes.