O controle é seu! 7 estratégias para lidar com uma pessoa egoísta na cama

Gozar na maioria das vezes antes do outro (e de forma deliberada), não se importar com a satisfação alheia, receber sexo oral sempre e nunca retribuir, transar só no dia que está a fim e evitar quando o outro quer? São várias as situações que podem ilustrar como uma pessoa egoísta se comporta na cama.

Quando o egoísmo surge nas transas esporádicas, é mais fácil reagir: basta vestir a roupa e ir embora. Mas, se ele começa a se infiltrar em romances promissores ou relacionamentos mais duradouros, não dá para ignorar. Saiba o que fazer com as sete dicas a seguir.

1 - Coloque o egoísta em perspectiva

É difícil, mas uma estratégia inicial é ter empatia pelo egoísta. Isso porque, em boa parte das vezes, a pessoa quer esconder uma grande vulnerabilidade.

O egoísta pode não oferecer nada ao outro por teme que o que tem para dar não dê conta da expectativa. Porém, acolher a fragilidade do egoísta não exclui situá-lo a respeito de suas atitudes no sexo.

2 - Entender se egoísmo ou desrespeito

Quando o foco sobre o próprio prazer ultrapassa os limites da outra pessoa, é hora de avaliar para onde essa relação está caminhando. Ou seja, é bom refletir se há alguma espécie de coação para você fazer algo que não está a fim. Isso não é egoísmo, é abuso.

3 - Sinalize para a pessoa sobre o comportamento dela

Muita gente nem se dá conta do quanto é egoísta entre quatro paredes. Há diversos motivos por trás do comportamento, mas um dos mais comuns é a maneira equivocada que as pessoas veem a si mesmas e ao outro no sexo.

Enquanto muitos homens aprendem a transar vendo filme pornô, a mulher aprende a transar pelo desejo do outro. As dificuldades começam quando algum deles desconstrói estes padrões — por exemplo, quando ela vê que não quer mais ser apenas um objeto de desejo, e não é compreendida. Comunicação, como sempre, é tudo!

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4 - Fale sobre o que incomoda sem ofender nem agredir

O ideal é que cada um consiga expor percepções e sentimentos, para que busquem a melhor forma de se relacionar sexualmente.

Atenção: a conversa não vai funcionar se ocorrer como uma troca de ofensas, de críticas, reclamações e agressões. Uma dica é procurar destacar como se sente, em vez de apenas apontar o que há de negativo no comportamento do outro.

5 - Saiba reconhecer o que deseja

A pessoa só se incomoda com o egoísmo alheio quando reconhece o próprio desejo. Saber o melhor jeito de se tocar, quais seus pontos sensíveis e que tipo de carícia ou posição prefere ajuda a dar coordenadas precisas para que o egoísta se encoraje a mudar, de maneira mais segura e certeira.

6 - Analise: é egoísmo mesmo ou sinal de algum problema?

Na prática, uma pessoa com comportamento egoísta na cama é aquela que faz prevalecer o próprio prazer. Por outro lado, é preciso se atentar a sinais que apontam para uma disfunção sexual, por exemplo. Gozar rápido pode significar ejaculação precoce, portanto, o homem deve procurar um especialista.

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Pela dificuldade de expor o problema à parceira, o cara, simplesmente, segue em frente. Pela mesma lógica, é possível que uma mulher que decida terminar logo a relação esteja passando por algum tipo de problema. Abrir o jogo é a melhor saída.

7 - Nada deu certo? Seja egoísta também

Se o diálogo não funciona talvez o melhor a fazer seja você experimentar adotar uma postura mais egoísta também. Foque no seu prazer e tente ir até onde deseja. Então, tenha atitude: se não está bom para você, tente fazer diferente, coloque suas vontades, não fique apenas esperando pela "generosidade" do outro.

Ninguém precisa ser egoísta ou submisso sempre. As atitudes podem variar e se complementar, cada um pode ter o seu momento de desejo e também o de ceder ao desejo do outro. A busca é pela satisfação mútua, sem se prender a regras ou a estigmas.

Em último caso, repense a relação

Se você acha que tentou de tudo e nada funcionou, cabe avaliar se quer mesmo continuar a transar com essa pessoa. Reflita: vale a pena manter essa relação?

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Você consegue aceitar que seja assim e viver bem? Lembre-se que não há um jeito certo ou errado de se relacionar e, sim, jeito que é bom ou ruim para você — desde que todos estejam saudáveis.

Fontes: psicanalista e terapeuta orgástica Mariana Stock; sexóloga e psicóloga clínica Carina Tomaz Pereira; psicóloga Ana Claudia Marques, mestre em ciências sociais e antropologia pela UERJ.

*Com reportagem de 10/10/2018

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