10 coisas que impedem a mulher de chegar ao orgasmo - e como superá-las

Os caminhos para chegar ao orgasmo feminino ainda são misteriosos para muita gente. A pesquisa Mosaico 2.0, que mapeou o comportamento sexual dos brasileiros, constatou que 55% das mulheres ainda enfrentam dificuldades de atingi-lo.

Notícia boa: todos são contornáveis! Conheça cada um delas:

1. Achar que orgasmo depende só da penetração

Só uma em cada três mulheres chega a orgasmo com penetração, outro 1/3 o alcança por meio do clitóris e o restante nem consegue atingi-lo.

Quem faz parte do último grupo, deve considerar três razões primordiais: falta de repertório sexual, penetração precoce e descuido nas preliminares — parte fundamental do processo.

2. Preocupação exagerada

Entrar no sexo muito preocupada com o orgasmo prejudica. Ele é só a terceira fase do ciclo de resposta sexual. Antes, tem o desejo e excitação. Se as duas primeiras etapas não forem bem executadas e curtidas, haverá prejuízo na resposta final, quando corpo e mente precisam entrar em repouso.

3. Obrigação do ritual

Transar não é como um jogo de tabuleiro cheio de estratégias a serem cumpridas. Se a interação for mecânica e marcada por exigências, o orgasmo certamente ficará comprometido. Relaxar é a exigência número um para gozar. Deixe as regras para outras ocasiões.

4. Desconhecer o próprio corpo

Cada corpo tem seu próprio mapa do prazer. E a melhor forma de descobri-lo é experimentando. É fundamental conhecer suas zonas erógenas. Descubra o que lhe excita e crie suas fantasias.

Continua após a publicidade

Esse conjunto de fatores dá autonomia, tira a responsabilidade do parceiro e, consequentemente, aumenta a excitação — prato cheio para o orgasmo. Toque seu corpo, explore a vulva e use brinquedinhos eróticos.

5. Aversão à masturbação

Ainda segundo dados da Mosaico 2.0, 40% das mulheres brasileiras não têm o hábito de se masturbar. Até os anos 1970, a masturbação era considerada suja e doentia. O que os especialistas fazem questão de reforçar é que é uma prática extremamente saudável para a vida sexual e a primeira etapa do prazer, antes da descoberta com o parceiro.

6. Insegurança corporal

O desagrado quanto ao próprio corpo ainda é um empecilho para se entregar ao prazer sexual. Por se acharem feias, fora de forma e até sujas, mulheres deixam a baixa autoestima afetar a performance. E aí não há como se sentir confortável com as carícias. Mais do que genital, o orgasmo é uma questão emocional. Procure ajuda! QUIZ No sexo, orgasmo é tudo para você?

7. Depressão

A condição depressiva anula o entusiasmo, desejo, agilidade sexual e ritmo. E antidepressivos potencializam esse efeito, já que atuam diretamente no retardo da libido. Parar de tomá-los sem que a doença tenha sido curada não é o caminho. O ideal é focar no tratamento para que, ao final, o orgasmo naturalmente chegue. Uma etapa de cada vez!

Continua após a publicidade

8. Ansiedade

Se o relaxamento é o potencializador do orgasmo, uma pessoa ansiosa terá dificuldade de gozar. Preocupação com o ato, pressão para dar prazer ao outro, medo de decepcionar, desconforto e falta de intimidade são alguns agravantes da ansiedade na hora do sexo. Se a situação é recorrente, procure ajuda de um especialista.

9. Cansaço

Colocar o sexo na lista de tarefas obrigatórias, assim como tratá-lo como última atividade do dia depois de uma rotina cansativa de trabalho, detona o estímulo ao orgasmo. Se transar for só uma tarefa a mais da sua agenda diária, repense. Ele certamente não te levará ao clímax.

10. Traumas sexuais

Mulheres que já foram vítimas de violência, abuso e assédio podem sofrer com a inibição da sexualidade de forma geral. E isso naturalmente comprometerá o orgasmo. Em alguns casos, elas não chegaram necessariamente a se darem conta da agressão no momento em que ela aconteceu, mas carregam lembranças inconscientes que interferem no prazer. Nesses casos, é imprescindível o acompanhamento psicológico para superar traumas e voltar a ter uma vida sexual satisfatória.

Continua após a publicidade

Fontes:

  • Carmita Abdo, psiquiatra do Programa de Estudos em Sexualidade da USP
  • Priscila Junqueira, psicóloga e sexóloga

Veja também

Deixe seu comentário

Só para assinantes