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Disney é processada por discriminação salarial entre homens e mulheres

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Imagem: ©Disney

Da EFE

03/04/2019 18h01

O escritório de advocacia Andrus Anderson abriu um processo contra a Disney por discriminação contra suas funcionárias, que supostamente ganham menos que os homens na empresa para realizarem as mesmas tarefas, informou nesta quarta-feira a imprensa local.

O escritório, que já processou companhias como Intel e Farmers Insurance por razões similares, apresentou a documentação ontem no Tribunal Superior do condado de Los Angeles em nome de LaRonda Rasmussen e Karen Moore, duas funcionárias do Walt Disney Studios.

O processo pede um pagamento retroativo, a restituição de benefícios perdidos e outros tipos de compensações econômicas para ambas.

Além disso, exige que a Disney crie uma série de programas internos para "remediar os efeitos das suas políticas ilegais de emprego atuais e anteriores", ajuste os salários e benefícios para as mulheres e forme uma equipe de trabalho para recopilar dados sobre os progressos nessa questão.

"As mulheres estão fartas de serem tratadas como mão de obra barata", escreveu a advogada Lori E. Andrus, que representa as reclamantes. "Esperamos que este processo revele a discriminação salarial da Disney com suas dedicadas funcionárias", acrescentou.

A Disney, por sua vez, indicou em comunicado que a ação não tem fundamento e que se defenderá "vigorosamente".

LaRonda, segundo o texto do processo, trabalha na Disney há 11 anos e ocupa o cargo de gerente de desenvolvimento de produtos para o Walt Disney Studios.

Em 2017, ela apresentou uma queixa ao departamento de recursos humanos da empresa, já que considerava que estava recebendo menos que os homens para fazer serviços do mesmo tipo ou muito similares, razão pela qual solicitou uma auditoria.

Esse processo revelou que, de fato, os homens recebiam mais que as mulheres com as mesmas funções, mas a Disney disse então que a diferença salarial não se devia ao gênero dos funcionários.

Em novembro de 2018, a Disney aumentou o salário anual de LaRonda em US$ 25 mil, após "avaliar as forças do mercado". No entanto, ela afirma que continua recebendo menos que seus colegas homens.

Já Karen está na Disney há mais de 20 anos e atualmente é administradora sênior de direitos autorais no setor fonográfico da companhia.

No processo, ela afirma que foi dissuadida a não se candidatar a um cargo de gerente e que, após uma mudança na descrição do tipo de trabalho, um homem foi contratado para a vaga.

Esse homem está recebendo "muito mais", embora faça o mesmo trabalho de Karen, segundo o texto da ação.