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Globo de Ouro: meta de Regina King enfrenta dura realidade de Hollywood

Regina King durante o Globo de Ouro 2019 - Reuters
Regina King durante o Globo de Ouro 2019 Imagem: Reuters

Jordyn Holman

Da Bloomberg

08/01/2019 18h37

Quando Regina King aceitou o Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel em "Se a Rua Beale Falasse", ela prometeu que, dentro dos próximos dois anos, a equipe de todos os projetos que ela produzir terá 50% de mulheres e desafiou o restante de Hollywood a fazer o mesmo.

É uma carga pesada. A indústria cinematográfica continua sendo dominada por homens, que representaram quase três quartos dos produtores dos 300 principais filmes lançados entre 2016 e 2018, de acordo com o relatório anual da Iniciativa de Inclusão da USC Annenberg.

Mulheres brancas representaram 16,3% dos produtores; mulheres não brancas, apenas 1,6%.

Em cargos mais técnicos e de pós-produção, as mulheres foram ainda mais escassas. Nas centenas de filmes lançados entre 2016 e 2018:

  • Oito tiveram mulheres como diretoras de fotografia
  • Cinco tiveram operadoras de câmeras do sexo feminino
  • Menos de uma em cada seis editores eram mulheres
  • 2,3% dos compositores eram mulheres

Quando os dados são divididos por raça, fica claro que as mulheres não brancas têm ainda menos probabilidade de estar nesses cargos. Menos de 2%dos editores, designers de produção e produtores eram mulheres não brancas. Não houve nenhuma diretora de fotografia não branca nos principais filmes dos últimos dois anos.

King não foi específica sobre sua meta, e existem outras partes da produção de filmes que são dominadas por mulheres, em especial os departamentos de cabelo e maquiagem. Os cargos de figurinista e diretor de elenco também são frequentemente ocupados por mulheres.

"Vai ser difícil garantir que tudo o que eu produzir tenha 50 por cento de mulheres", disse King no palco no domingo.

"Eu apenas desafio qualquer um que esteja em uma posição de poder -- não apenas em nossa indústria, mas em todos os setores -, eu desafiaria você a desafiar a si mesmo para lutar conosco solidariamente e fazer o mesmo."