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Gap abandona difícil setor de vestido de casamento

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vestidos de noiva Imagem: iStock

Justina Vasquez

13/04/2018 15h29

Mais uma grande empresa varejista de roupas está desistindo de uma categoria de vestuário possivelmente rentável, mas também desafiadora: a de vestidos de casamentos.

A Weddington Way, uma marca da Gap que opera em lojas da Banana Republic, anunciou planos de fechamento nos próximos meses. A empresa pretende continuar atendendo aos clientes pela internet, mas só garantirá encomendas até 11 de junho.

O desaparecimento da marca, focada em vestidos para damas de honra, se dá após a decisão da J. Crew Group de fechar sua divisão de vestidos de noiva, em 2016. A David's Bridal, uma rede que vende vestidos e acessórios, também passa por dificuldades -- outro sinal de que o mercado ficou perigoso.

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Embora a quantia que os americanos costumam gastar em casamentos tenha aumentado com os anos, a concorrência e as mudanças de preferências em relação à moda trouxeram incertezas ao setor. Para piorar, o índice de casamentos tem caído desde os anos 1980. Ou seja, todos querem um pedaço de um bolo que está diminuindo.

Com a Weddington Way, criada em 2011, a Gap tentava resolver uma experiência notoriamente dolorosa: a compra do vestido para a dama de honra. Apesar de a empresa ter atraído meio milhão de noivas e damas de honra, o negócio acabou não tendo impulso suficiente para compensar os problemas. Para piorar, o tráfego geral nas lojas da Banana Republic também caiu ao longo dos anos. As vendas nas mesmas lojas da rede caíram 2 por cento no ano fiscal de 2017 e 7 por cento no ano anterior.

O fim da Weddington Way pode ajudar a Gap a se concentrar nas partes mais saudáveis de seus negócios, como a Old Navy. As vendas em lojas comparáveis da rede superaram com folga as expectativas dos analistas no último trimestre e foram melhores também que as das outras marcas da empresa.

A David's Bridal, por sua vez, continua se arrastando nesse ambiente difícil. Em fevereiro, a nota da empresa foi rebaixada pela Moody's Investors Service, que citou a falta de uma melhora significativa do desempenho operacional da marca no ano passado.