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Partido italiano quer proibir modelos com magreza excessiva

Desfile de outono/inverno 2016/17 da Salvatore Ferragamo na semana de moda de Milão - Getty Images
Desfile de outono/inverno 2016/17 da Salvatore Ferragamo na semana de moda de Milão Imagem: Getty Images

25/09/2018 12h02

O partido antissistema italiano Movimento 5 Estrelas (M5S) apresentou um projeto de lei para proibir que grifes exibam modelos excessivamente magras em desfiles de moda e campanhas publicitárias no país.

O texto, de autoria das deputadas Azzurra Cancelleri e Marialucia Lorefice, foi protocolado na Câmara no fim de julho e prevê um veto a modelos com índice de massa corpórea inferior a 18,5 (IMC) - quando já é posível falar em má nutrição, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

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A norma também exige atestado médico e psicológico que comprove a ausência de distúrbios alimentares, bem como a presença de terapeutas durante o horário de trabalho das modelos. Além disso, o projeto proíbe menores de 16 anos em desfiles para adultos e impede que modelos entre 16 e 18 anos trabalhem das 22h às 6h do dia seguinte.

Quem violar as normas estará sujeito a multas de até 75 mil euros e pena de seis meses de prisão. Já os meios de comunicação que utilizarem ou promoverem imagens de magreza excessiva poderão sofrer sanção de 50 mil a 100 mil euros e pegar de seis meses a um ano de cadeia.

O projeto, que ainda será avaliado pelo Parlamento, prevê campanhas do governo para promover a educação alimentar. Uma iniciativa do tipo entrou em vigor na França no início deste ano, também com o objetivo de combater transtornos alimentares, como a anorexia.

Os dois países estão entre os maiores ícones da moda mundial e abrigam algumas das principais grifes do planeta.