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Índia tem novo caso de adolescente estuprada e queimada

Favor_of_God / iStock Photo
Imagem: Favor_of_God / iStock Photo

da AFP, em Nova Délhi

07/05/2018 09h30

Uma adolescente indiana lutava nesta segunda-feira por sua vida depois de ter sido estuprada e queimada, anunciou a polícia, no segundo caso deste tipo no país na última semana.

"A jovem sofreu queimaduras de primeiro grau em 70% do corpo", afirmou à AFP Shailendra Barnwal, comandante da polícia no distrito de Pakur, no estado de Jharkhand, leste do país.

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As forças de segurança prenderam um jovem de 19 anos que mora no mesmo bairro da vítima, que tem 17 anos.

"Ele jogou querosene na adolescente e a queimou", disse Barnwal.

O ataque aconteceu na sexta-feira, no mesmo dia e região em que uma adolescente de 16 anos foi estuprada e queimada viva.

O principal suspeito deste caso, que escandalizou a opinião pública, e o chefe da aldeia na qual aconteceu o crime foram detidos. A família da vítima está sob proteção especial da polícia.

A jovem do distrito de Chatra foi sequestrada em sua casa na quinta-feira passada enquanto sua família estava em um casamento. Ela foi estuprada em uma floresta.

A família apresentou uma denúncia ao conselho de anciãos da aldeia, que na sexta-feira ordenou que dois acusados fizessem uma centena de abdominais e pagassem uma multa de 50.000 rúpias (750 dólares).

Furiosos com a sentença, Dhanu Bhuiyan e outros suspeitos espancaram os pais da menina e incendiaram sua casa com a jovem dentro da residência.

Os crimes foram registrados após uma série de agressões sexuais brutais contra mulheres na Índia, apesar de uma legislação mais rígida para os crimes.

O governo instituiu a pena de morte para estupradores de menores de 12 anos após o estupro e assassinato de uma menina muçulmana de 8 anos em Kathua, no estado de Jammu e Caxemira (norte). O crime foi cometido por moradores hindus da localidade.

Em 2016, quase 40 mil estupros foram registrados na Índia, mas o número seria muito maior, já que o silêncio ainda impera no que diz respeito a este tipo de crime em uma sociedade que continua sendo muito patriarcal.