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Mês do Orgulho LGBTQ+

10 filmes e séries que mostram outro lado da experiência LGBTQ+

Cena de "Moonlight: Sob a Luz do Luar" (2016) - Reprodução
Cena de "Moonlight: Sob a Luz do Luar" (2016) Imagem: Reprodução

Colaboração para Universa

30/06/2019 04h00

Em junho, comemora-se ao redor do mundo, o mês do Orgulho LGBTQ+. A data relembra os protestos de Stonewall ocorridos em junho de 1969 em Nova York. Na época, a frente da batalha com os policiais estavam, principalmente, mulheres trans e travestis latinas e negras como a militante Marsha P. Johnson. Porém, se assistirmos ao longa "Stonewall - Onde o Orgulho Começou" de 2015, o protagonista é um homem gay cis branco. Bastante criticado desde o seu lançamento, o filme foi acusado de higienizar e apagar o recorte de outras minorias.

Histórias como essas, focadas em homens gays cis e brancos, são numerosas: "O Segredo de Brokeback Mountain", "Me Chame pelo Seu Nome", "Com Amor, Simon", entre outras. Mas por que não também dar uma chance para os LGBTs ainda mais marginalizados? Nesta lista, você pode conferir alguns filmes e séries que mostram outras perspectivas para muito além da orientação sexual.

  • "Moonlight" (2015)

    Traz a história de Chiron, um rapaz negro da periferia de Miami, de sua infância até a idade adulta. Acompanhamos a descoberta de sua sexualidade, ao mesmo tempo em que ele tem que lidar com as expectativas e pressões do que significa não somente ser gay, mas também ser negro. O filme, dirigido por Berry Jenkins, foi vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2016 e pode ser assistido na Netflix.

  • "Paris is Burning" (1991)

    Neste documentário, mergulhamos na cena ballroom de Nova York no início dos anos 90. Conhecemos as histórias engraçadas e trágicas de algumas das maiores drag queens da época e acompanhamos o desenvolvimento da cultura drag, hoje tão difundida por RuPaul, e que servia de refúgio para jovens negros e latinos das periferias de uma das maiores metrópoles do mundo. Disponível na Netflix.

  • "A Criada" (2016)

    Dirigida pelo lendário cineasta coreano Park-chan-wook, essa trama de mistério e erotismo se passa na década de 1930 e explora a relação de uma herdeira cercada de interesses com sua criada. Indicado ao Oscar, o filme é um exercício sobre sexualidade em outra época e baseado na cultura oriental.

  • "Tangerine" (2015)

    Estrelado por duas mulheres trans, ainda propõe outro diferencial: foi gravado inteiramente com um celular! No longa, duas amigas de Los Angeles viram o dia inteiro procurando pelo homem que quebrou o coração de uma delas. O filme recebeu reconhecimento da crítica e foi indicado a quatro prêmios no Independent Spirit Awards.

  • "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho" (2014)

    Um curta brasileiro de sucesso se tornou este longa, exibido em diversos festivais ao redor do mundo. O que poderia ser só mais uma história sobre a descoberta do amor entre dois adolescentes gays ganha outros tons quando o nosso protagonista é um garoto cego que terá que lidar não só com as questões de sua sexualidade, mas também com sua deficiência.

  • "Nanette" (2018)

    O que parece ser mais um show de stand-up comedy se revela uma experiência transformadora e impactante. A atriz e comediante australiana Hannah Gadsby abre o jogo com o público sobre suas experiências como mulher lésbica, totalmente fora dos padrões, e emociona a todos com seus relatos contundentes sobre os abusos que sofreu ao longo da vida. O filme pode ser assistido na Netflix. Leia mais

  • "Special" (2019)

    Esta série fresquinha foi um dos grandes acertos da Netflix neste ano. Escrita, produzida e estrelada por Ryan O'Connell, acompanha as descobertas e os avanços de um rapaz gay com paralisia cerebral. Na vida real, Ryan também tem a mesma condição, o que torna a série bastante autobiográfica. Um exemplo de representatividade para um grupo de pessoas que já é marginalizado na comunidade LGBTQ+.

  • "Pose" (2018)

    Em mais uma empreitada bem-sucedida, Ryan Murphy, responsável por sucessos como "Glee" e "American Crime Story", traz a única série atualmente no ar cujos protagonistas são todos negros, latinos e LGBTQ+. Focada na luta dessas minorias em Nova York nas décadas de 1980 e 1990, é a celebração máxima da cultura ballroom e ainda debate temas sempre relevantes como a epidemia de HIV e a transfobia. A segunda temporada estreou este mês, no canal a cabo FX.

  • "Queer Eye" (2018)

    O reality show da Netflix é um reboot do mesmo programa, já existente nos anos 2000. Se no passado, cinco caras gays cis e brancos ajudavam homens héteros a se comportarem melhor, agora o foco é a diversidade. Karamo, Jonathan, Tan, Bobby e Antoni formam um grupo muito diverso de gays, desde sua etnia até o modo de expressar a sexualidade, e ajudam homens e mulheres, LGBTs ou não, a se sentir melhor nas próprias peles. Recomendamos um lencinho a cada episódio porque é quase impossível não chorar! Leia mais

  • "Orange is the New Black" (2013)

    Talvez a série mais clássica da Netflix também seja uma de suas mais diversas. Um elenco quase que inteiramente feminino traz mulheres de todos os tipos: jovens, velhas, brancas, negras, latinas, orientais, cis, trans... Todas têm algo em comum: dividem espaço numa penitenciária. E é lá que todos os romances e envolvimentos entre elas acontecem, mostrando que não existe padrão na hora de retratar o amor entre duas mulheres. A sétima e última temporada da série estreia em julho.

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